domingo, 10 de junho de 2012

Projeto História Viva


A equipe de voluntários do Solar desenvolve, desde janeiro de 2008, o Projeto História Viva - Turismo Pedagógico, que visa à recepção e o atendimento a estudantes das redes pública e privada, de Bananal e outros municípios, mediante agendamento prévio. Até maio de 2010, o Projeto História Viva já recebeu mais de 872 alunos de escolas de outros municípios, como a E.E. Dr. Rui Rodrigues Dória, de São José dos Campos, em visita à Bananal como atividade do Projeto Desvendando o Vale do Paraíba, além dos estudantes da rede pública local, como os alunos da E.M.E.F. Guilherme Henrique de Oliveira, de Arapeí, da E.M.E.F. Cel. Nogueira Cobra e da E.M.E.I.E.F. Prof.ª Zenóbia de Paula Ferreira, de Bananal.

Histórico do Solar

O casario hoje conhecido como Solar Aguiar Vallim foi construído em meados da década de 1850, sendo moradia da Família Aguiar Vallim até 1909/1911. Em 1909, a Família entrega o Solar aos cuidados do Governo do Estado de São Paulo e a partir de 1911 o prédio passa a funcionar como o Grupo Escolar Cel. Nogueira Cobra e Posto de Fiscalização da Fazenda do Estado. Em 1976, a construção foi tombada pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. A partir de então até 1980, o prédio funcionou como sede da Prefeitura Municipal da cidade. Em 1981, o Governo do Estado, através da Lei Estadual n.3007, de 1º de outubro de 1981, faz a doação do prédio e do terreno de 1746,25m² ao município de Bananal. Em 1985 o CONDEPHAAT trocou o telhado e solicitou o levantamento de escoras de eucalipto para suportar o peso do novo telhado.


Entre os anos de 1985 e 2000, o prédio permaneceu abandonado e sem quaisquer cuidados de manutenção. Já em ruínas, em janeiro de 2001, o então prefeito de Bananal, Dr. Wilton Neri Pereira convida o Sr. Luiz Gonzaga da Silva a formar uma comissão na tentativa de reformar o prédio com a colaboração da comunidade. A partir de fevereiro do mesmo ano foi organizada uma série de eventos de modo a angariar fundos para dar início à reforma. As primeiras atividades de limpeza do prédio renderam em torno de 12 caminhões de lixo e entulho. As obras começaram em abril de 2001, com a contratação de dois funcionários, pagos pela Comissão Pró-reforma, e três funcionários cedidos pela Prefeitura Municipal. 

A Comissão Pró-reforma formada em 2001 deu origem à Associação Amigos do Solar. Inicialmente com 11 pessoas, a Associação conta hoje com apenas três voluntários da formação original. Em 2004, oito dos 11 voluntários da Comissão se afastaram, por motivos políticos, restando desde então apenas três: Sra. Vera Lucia, Sra. Margarida Duarte e Sr. Reinaldo Afonso. A Associação Amigos do Solar, com a colaboração de novos voluntários, mantém o prédio não só de pé, mas também em plena atividade.Através da organização e realização de eventos voltados tanto para a recepção ao turista, quanto para a própria comunidade, como oficinas de artesanato e projetos pedagógicos junto à rede pública de ensino, os Amigos do Solar arrecadam fundos para a ininterrupta reforma do prédio que um dia foi tão importante para a História da cidade.